Sejam bem vindos ao Cantinho de sugestões da EJA. Neste cantinho vou sugerir atividades para se trabalhar na modalidade da "Educação de Jovens e Adultos". Vou tentar dividir o que aprendi espero que gostem e deixem sugestões e comentários ...

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segunda-feira, 19 de março de 2012

Matemática na EJA ...


A matemática tem sido discutida nas salas de professores em todas as modalidades de ensino. A proposta da nossa discussão hoje é falar dos objetivos dessa área para Educação de Jovens e Adultos. Na próxima postagem deixarei sugestões de atividades para que os colegas possam trabalhar com seus alunos, assim se acharem prudente..rsrs

A aprendizagem da Matemática refere-se a um conjunto de conceitos e procedimentos que comportam métodos de investigação e raciocínio, formas de representação e comunicação. Como ciência, a Matemática engloba um amplo campo de relações, regularidades e coerências, despertando a curiosidade e instigando a capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair: O desenvolvimento desses procedimentos amplia os meios para comprender que nos cerca, tanto nas situações mais próximas, presentes na vida cotidiana, como naquelas de caráter  mais geral.
Saber matemática torna-se cada vez mais necessário no mundo atual, em que se generalizam tecnologias e meios de informação baseados em dados quantitativos e espaciais em diferentes representações. Também a complexidade do mundo do trabalho exige da escola, cada vez mais, a formação de pessoas que saibam fazer perguntas, que assimilem rapidamente informações e resolvam problemas utilizando processos de pensamento cada vez mais elaborados.
No ensino fundamental, a atividade matemática deve estar orientada para integrar de forma equilibrada seu papel formativo e o seu papel funcional. Cabe ressaltar que, o simples domínio da contagem e de técnicas de cálculo não contempla todas essas funções, intimamente relacionadas às exigências econômicas e sociais do mundo moderno.

Como acontece com outras aprendizagens, o ponto de partida para a aquisição dos conteúdos matemáticos deve ser os conhecimentos prévios dos educandos. Na Educação de Jovens e Adultos, mais do que em outras modalidades de ensino, esses conhecimentos costumam ser bastante diversificados e muitas vezes são encarados, equivocadamente, como obstáculos à aprendizagem. Ao planejar a intervenção didática, o professor deve estar consciente dessa diversidade e procurar transformá-la em elemento de estímulo, explicação, análise e compreensão.
Muitos Jovens e Adultos pouco ou nada escolarizados dominam noções matemáticas que foram aprendidas de maneira informal ou intuitiva, como, por exemplo, procedimentos de contagem e cálculo, estratégias de aproximação e estimativa. Alguns chegam a manejar, com propriedade, instrumentos técnicos de alta precisão. Embora tenham um conhecimento bastante amplo de certas noções, poucos são os que dominam as representações simbólicas convencionais, cuja base é a escrita numérica.
Esses alunos, ao entrarem na escola, demonstram grande interesse em aprender os processos formais. Porém, é fato que eles não costumam abandonar rapidamente os informais, substituindo-os pelos convencionais. A mediação entre o conhecimento informal dos alunos e os conhecimentos sistematizados ou escolar pode se amplamente facilitada pela intervenção do professor.
Os adultos não escolarizados aprendem muito através da comunicação oral, por isso é importante dar-lhes a oportunidade de "falar de matemática", de explicar suas ideias antes de representá-las no papel. A interação com a fala de seus colegas ajuda-os a construir conhecimento, aprender outras formas de pensar sobre um determinado problema, a clarificar seu próprio processo de raciocínio. Devemos também estimulá-los a produzir registros gráficos e mesmo a "escrever sobre matemática", por exemplo, descrevendo a solução de um problema. O professor pode facilitar esse processo formulando perguntas que levam os educandos a investigar e a expor seus pontos de vista, estimulando-os a produzirem seus próprios registros, a partir dos quais serão buscados as relações com as representações formais e com as escritas simbólicas.

PCN´s da EJA.

sábado, 17 de março de 2012

Lugar dos conteúdos na EJA


Essa escola, que se volta inteira para alunos jovens e adultos, tem a tarefa essencial de pensar e definir os critérios de escolha do que deve ensinar e o lugar que devem ocupar os conteúdos.
Devemos considerar que o sentido de aprender, nas classes de EJA, está de encontro com os alunos com a satisfação de suas necessidades e expectativas. Estas foram se construindo ao longo da vida, a partir e no contexto de sua cultura. É desse lugar, ou seja, de sua cultura, que os alunos partem e podem atribuir sentido ao conhecimento.
Nessa perpectiva, podemos afirmar que os conteúdos a serem trabalhados na escola devem favorecer o aprimoramento, o aprofundamento, a re-significação do corpo de conhecimentos que o aluno jovem adulto já possui, seja em relação à língua, à matemática, á história, à arte. etc.
Cabe ao professor a tarefa de ler o seu grupo, buscando identificar traços comuns e aspectos ou temas que reúnam o grupo em torno de uma questão.
No começo dos anos de 1960, Paulo Freire levantou uma questão fundamental para a educação: a importância de se trabalhar com temas significativos para os alunos. É a mesma com a qual nos ocupamos agora, neste momento da nossa conversa sobre a perspectiva dos conteúdos.
Paulo Freire propôs o que chamou de temas geradores: educador e educando debruçam-se sobre aspectos da realidade que, mantendo ligação com o universo conhecido deles, são capazes de impulsioná-los para novas descobertas.
Exemplo:
"Para um grupo de agricultores, os aspectos ligados à vida rural são melhores produtores de conhecimentos que aqueles realacionados às dificuldades de trânsito, enfrentadas pelos moradores de uma cidade grande. Hoje sabemos que aprendemos mais e melhor aquilo que temos interesse em aprender. Sabemos também, como é dificil gastar esforço e tempo para aprender algo que nos diz pouca coisa".
 Esta pequena discussão é apenas para que nós educadores da EJA possamos refletir melhor na metodologia que usamos para escolher o conteúdo a ser trabalhado em nossas salas de aula. Não esqueçam de se perguntar o porque de tantos alunos desistirem no decorrer do ano...

Um abraço à todos.

Caderno de Sala de Aula como grupo de Convivência e Aprendizagem.
Olá queridos! Já algum tempo estive afastada de meu querido cantinho, pensei até em desistir, mas o carinho especial de muitos amigos que me visitam e enviam email, me fez repensar. É que as vezes somos tão impactados com as coisas negativas da educação, que pensamos até em parar. Mas estou de volta e vou tentar manter o rítmo rsrsr.
Obrigada a todos que ainda não tive o prazer de conhecer, mas que estão em contato com o blog e sempre sendo amáveis. Agora estou com um novo projeto. Um projeto de Deus quero trabalhar para o Senhor Jesus, divulgar seus ensinamento e orar pelos meus visitante. É um novo blog que ainda está sendo criado mas já pode ser visitado, o endereço é: revestidoemgloria.blogspot.com

Obrigada pela visita.